Profissionais amazonenses, acadêmicos e pesquisadores discutiram sobre a transformação digital, o papel decisivo das novas mídias e a readequação dos comunicólogos
Promover a comunicação social profissional hoje em dia envolve ter uma mentalidade múltipla: entender de negócios, ter apetite pelas descobertas digitais em computação e encarar as crises de mercado frente ao enxugamento dos nichos tradicionais.
Esses foram alguns dos assuntos debatidos no Simpósio de Pós-Graduação da Faculdade Boas Novas (FBN), ocorrido no dia (17/5), na sede da instituição, localizada na Av. Rodrigo Otávio – japiim, zona sul de Manaus.
Jornalistas, publicitários, relações públicas e acadêmicos, trocaram experiências teóricas e práticas e estreitaram perspectivas da profissão no futuro. Uma das palestrantes, a assessora de imprensa Sídia Ambrósio, definiu que mais do que nunca, o comunicador tem a chance de democratizar as informações corretas para o desenvolvimento da sociedade.
“Na era digital das tecnologias, o fomento à inovação e sustentabilidade traz soluções rápidas aos problemas sociais. O comunicador, disseminando e cobrando isso, promove inclusão social. Esse é o papel da imprensa, em geral, mas também corporações empresariais. Trazer soluções disruptivas ao conhecimento público é o enfoque”, comentou.
Dessa forma, o aprofundamento técnico-científico desse profissional é essencial para a adequação ao mercado. Frases como “aprender programação básica será como aprender informática básica nos próximos anos” complementaram a tônica do encontro.
A idealizadora, Amanda Mota, que é professora do curso de Assessoria de Imprensa e Mídias Digitais e assessora da Universidade Estadual do Amazonas (UEA), explicou que o simpósio fez parte do trabalho final de um dos módulos, embora também no intuito de equalizar a relação profissional com as novas mídias.
“Tem a ver com a preparação para lidar com a interdisplinaridade, os desafios enquanto mediadores formais da comunicação. Lidar com um mercado tão exigente e multimídia, sem esquecer do ‘lado humano’ das coisas”, enfatizou.
Outra palestrante, Ana Clarissa Cavalcante, ressaltou que entender como gerir um negócio também se tornou intrínseco a essa área de atuação. “Quando a empresa vai mal, qual o primeiro setor que é pensado para cortar? Geralmente, a comunicação. É aí que você tem que mostrar ao seu chefe o quanto de dinheiro ele vai perder se te demitir”, detalhou.
Ao todo, cerca de 80 pessoas atenderam ao encontro, com sorteios e brindes ao longo do evento, e uma rodada de perguntas e respostas fechou a noite com os palestrantes convidados.
Foto. Priscyla Curi